01 julho, 2010

na flutuação das mulheres na cabeça dos sonhos
existe a proporção certa da leveza da paz,
onde as mãos descansam junto ás carnes dos sorrisos.

as pernas ondulam junto ao sol
no desenho de arco-íris inovadores na humidade dos úteros,
onde as mãos brincam junto aos filhos imaginados
no enternecer no hábito do reflexo.

pela boca das mulheres floresce o imenso amor
no sussurro flamante da penetração da fala na auscultação do mundo.
suas mãos pendem no cuidar do mundo,
no estar nas coisas do acontecer da vida,
no saborear da pele junto ás frutas pelo chão da terra.

no colo das mulheres o amplexo do eu,
no descansar do descansar,
no beijar das pétalas todas no cimo dos joelhos.

no flutuar do afecto,
na perpetuação da suavidade do leito onde me refaço,
a liberdade geradora das mulheres:
na perfeição dos seus corpos lunares,
no riso do fluxo do sangue junto aos lábios,
nos seus corpos ninhos,
no afagar dos corações de relva onde pernoito.

na flutuação das mulheres,
o aterrar da paz.

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