vi naquela árvore a resplandecente flor da morte:
suas pétalas como asas de violeta cobrindo a lua
e suas folhas no movimento em espiral de quem se entrega.
da subtileza da existência auscultam-se orquestras de cristal,
e o céu engalanado com ornatos de poema,
palavra imaculada sobre as mães que parem os filhos,
verso da poesia do ventre,
queimando a alegoria de nascer gritando,
entre o sangue e amor do sangue.
enterro as mãos nos poços da tristeza
como árvore que da raiz se sustenta:
sou a árvore da morte
com os meus dedos arrombando a terra,
a paz
como campo de batalha com as suas asas voando,
e as mães no alvoroço do beijo
com o sangue escorrendo dos peixes perfumados.
flor da morte que voa na boca da faca;
lâmina virgem cortando dia a dia a perfeição,
folha cortando o peixe voador na língua do poema
no equilíbrio do poço das flores da morte.
e os ventres no desejo dos homens árvore
com as suas flores de morte nos satélites do beijo.
e as flautas como o canto dos cisnes negros
flutuando na enfado dos poços regurgitando
as águas na ilustração do poeta:
ser com asas de palavras voando através do verbo coração.
vi naquela árvore o poeta da morte
fabricando o mel da palavra por nascer,
procurando o magnífico momento da carícia
na alta torre no cimos dos poços das flores poetas.
poema que nasce no ventre imaginado do poeta
com os dedos tremendo no amor.
poeta que é pelas flores das árvore o
ser magnífico da emoção.
21 outubro, 2010
20 outubro, 2010
perco o ar na queda da raiz daquela pérola,
pedra encantada pele canto, pelo escurecer das nuvens.
perco a exactidão sobre as romãs escancaradas,
janelas voadoras com portadas batendo,
funesta coisa do coração incendiado,
folha que cai e sobe na ascendência da tristeza,
árvore que chora nos meus pés os amores contidos.
perco a roupa no areal da praia sem mar,
os ouvidos abrem-se à imensidão das conchas que cantam,
e o tecido voando como pássaros, como seres brilhantes,
aquele lenço testemunha do abraço,
do arco-iris que despoletou das arestas do soalho,
sorrindo...sorrindo.
perco o fluir do sangue da palavra,
palavra que anda com suas mil pernas sobre a alma,
esquecimento perfeito do choro, dos braços estendidos,
onda transparente onde molho os cabelos do animal,
animal intratável do beijo,
malmequer de metal florindo nos meus olhos
regado pelo sangue que apodrece no cérebro alado.
imensidão de pedras no meu peito,
na luz que entra sem sair:
sou esta claridade que se extingue,
que finda no sofrimento da palavra que sai pelos dedos,
sou esse beijo luminescente das algas,
sou a terra que sustenta a folha e o canto,
sou o grão, a lama, o poema, a pedra,
aquela coisa que ampara a revolução da lágrima,
do riso.
perco-me na luz que entre pela frecha do coração,
explodindo aqui e ali nas partes redondas da alma,
onde a folha e a flor renascem incessantes
no balão amarelo sobre a agulha que salta,
agulha que corre pelos sorrisos dos lábios:
alma infinita, copo cheio de vinho,
sorvendo a carícia pelas águas da transpiração.
perco-me no caminho entre o umbigo e a vulva,
no entrelaçar da agulha que tece o poema,
êxtase no tocar dos dedos e da língua entre as cochas.
o oceano que se impõe,
a tempestade do movimento,
nave que exala o aroma das especiarias,
das frutas doces,
das torradas com manteiga,
dos incensos queimando sobre o pires...
o corpo gritando a alegria, a palavra secreta,
o desejo, a eternidade...
a flor amarela que ressuscita no ventre
cantando as águas.
perco-me no encontro do volátil ser que sou:
bicho que explode a cada dia pela palavra,
pelo desejo de possuir a palavra desconhecida,
sustentando de braços abertos o amor,
a plenitude do sorriso coração.
vivendo e morrendo,
passando e passando pelas vidas.
perco-me no encontro e encontro-me quando me perco,
coração de frente e verso...
sorrindo.
pedra encantada pele canto, pelo escurecer das nuvens.
perco a exactidão sobre as romãs escancaradas,
janelas voadoras com portadas batendo,
funesta coisa do coração incendiado,
folha que cai e sobe na ascendência da tristeza,
árvore que chora nos meus pés os amores contidos.
perco a roupa no areal da praia sem mar,
os ouvidos abrem-se à imensidão das conchas que cantam,
e o tecido voando como pássaros, como seres brilhantes,
aquele lenço testemunha do abraço,
do arco-iris que despoletou das arestas do soalho,
sorrindo...sorrindo.
perco o fluir do sangue da palavra,
palavra que anda com suas mil pernas sobre a alma,
esquecimento perfeito do choro, dos braços estendidos,
onda transparente onde molho os cabelos do animal,
animal intratável do beijo,
malmequer de metal florindo nos meus olhos
regado pelo sangue que apodrece no cérebro alado.
imensidão de pedras no meu peito,
na luz que entra sem sair:
sou esta claridade que se extingue,
que finda no sofrimento da palavra que sai pelos dedos,
sou esse beijo luminescente das algas,
sou a terra que sustenta a folha e o canto,
sou o grão, a lama, o poema, a pedra,
aquela coisa que ampara a revolução da lágrima,
do riso.
perco-me na luz que entre pela frecha do coração,
explodindo aqui e ali nas partes redondas da alma,
onde a folha e a flor renascem incessantes
no balão amarelo sobre a agulha que salta,
agulha que corre pelos sorrisos dos lábios:
alma infinita, copo cheio de vinho,
sorvendo a carícia pelas águas da transpiração.
perco-me no caminho entre o umbigo e a vulva,
no entrelaçar da agulha que tece o poema,
êxtase no tocar dos dedos e da língua entre as cochas.
o oceano que se impõe,
a tempestade do movimento,
nave que exala o aroma das especiarias,
das frutas doces,
das torradas com manteiga,
dos incensos queimando sobre o pires...
o corpo gritando a alegria, a palavra secreta,
o desejo, a eternidade...
a flor amarela que ressuscita no ventre
cantando as águas.
perco-me no encontro do volátil ser que sou:
bicho que explode a cada dia pela palavra,
pelo desejo de possuir a palavra desconhecida,
sustentando de braços abertos o amor,
a plenitude do sorriso coração.
vivendo e morrendo,
passando e passando pelas vidas.
perco-me no encontro e encontro-me quando me perco,
coração de frente e verso...
sorrindo.
12 outubro, 2010
nocturna palavra desespero,
palavra na reminiscência do copo no vazar da água,
água caminhando pelo ventre
na erecção das flores que de dentro do copo esperam.
ai! metamorfose do coração luz,
iluminando a noite num véu de comestível doce.
sombra que vem e que fica no cruzamento da luminosidade,
no mistério de ser o eterno enleio do amor.
mãos que crescem pela noite,
tocando alaúdes de saudade,
na intemperança,
na espera,
no tempo crescendo pela chama:
fogo insolvente da fénix que renasce
a todo o tempo.
e a ave maravilhosa rodopia, dança,
sem presença,
pelo ar existindo na respiração...
inspirando, expirando...
asas planando no meu colo,
nos dedos, de dentro da tangerina,
consumindo a extremidade da cerca mundo,
libertando pelo ar, prendendo pelo gomo.
tangerina que se inscreve na carta sobre a mesa
na casa que arde pelo peixe voador:
ave marítima que cresce no copo das flores
imbuídas nos aroma do teu ventre.
palavra na reminiscência do copo no vazar da água,
água caminhando pelo ventre
na erecção das flores que de dentro do copo esperam.
ai! metamorfose do coração luz,
iluminando a noite num véu de comestível doce.
sombra que vem e que fica no cruzamento da luminosidade,
no mistério de ser o eterno enleio do amor.
mãos que crescem pela noite,
tocando alaúdes de saudade,
na intemperança,
na espera,
no tempo crescendo pela chama:
fogo insolvente da fénix que renasce
a todo o tempo.
e a ave maravilhosa rodopia, dança,
sem presença,
pelo ar existindo na respiração...
inspirando, expirando...
asas planando no meu colo,
nos dedos, de dentro da tangerina,
consumindo a extremidade da cerca mundo,
libertando pelo ar, prendendo pelo gomo.
tangerina que se inscreve na carta sobre a mesa
na casa que arde pelo peixe voador:
ave marítima que cresce no copo das flores
imbuídas nos aroma do teu ventre.
08 outubro, 2010
bicicleta voadora pelos trilhos do beijo,
viagem imaculada pelo interior do abraço,
aconchego entre a pele e o aroma da terra molhada,
da alfazema, do jasmim, do musgo no correr das águas.
viagem pelas nuvens das lágrimas,
no entreabrir do sorriso no gargalhar dos dedos,
roda que sulca o desejo da semente,
variando na descoberta da maravilhosa inovação de crescer.
vento pela braços voando,
na agitação dos dedos e das unhas e dos ossos,
na condescendência louca do sopro dos silfos,
pelo o movimento circular das pernas
correndo, andando,
transpirando
o caminho do desabrochar dos ósculos.
ser que pedala na intermitente viagem pela casa
(interna coisa no interior do coração alma),
insensato sonhador do corpo terra,
com asas escarlate brotando no pensamento,
na palavra,
na rosa de fogo explodindo na ponta dos dedos.
temerosa é a viagem pela terra das raízes:
húmus que é pelo sangue o pulsar substantivo da vida,
do poema que jorra em golfadas do interior do solo.
crosta do coração alma,
bicicleta do acontecimento,
ser que é sendo pelo acontecer,
na revolução de viver a mestre respiração
de ser deus,
de ser homem,
de ser o imaginado mundo criado,
de ser a invenção da bicicleta do amor,
brotando de dentro o espiral de fora,
sendo nada,
apenas tudo.
viagem imaculada pelo interior do abraço,
aconchego entre a pele e o aroma da terra molhada,
da alfazema, do jasmim, do musgo no correr das águas.
viagem pelas nuvens das lágrimas,
no entreabrir do sorriso no gargalhar dos dedos,
roda que sulca o desejo da semente,
variando na descoberta da maravilhosa inovação de crescer.
vento pela braços voando,
na agitação dos dedos e das unhas e dos ossos,
na condescendência louca do sopro dos silfos,
pelo o movimento circular das pernas
correndo, andando,
transpirando
o caminho do desabrochar dos ósculos.
ser que pedala na intermitente viagem pela casa
(interna coisa no interior do coração alma),
insensato sonhador do corpo terra,
com asas escarlate brotando no pensamento,
na palavra,
na rosa de fogo explodindo na ponta dos dedos.
temerosa é a viagem pela terra das raízes:
húmus que é pelo sangue o pulsar substantivo da vida,
do poema que jorra em golfadas do interior do solo.
crosta do coração alma,
bicicleta do acontecimento,
ser que é sendo pelo acontecer,
na revolução de viver a mestre respiração
de ser deus,
de ser homem,
de ser o imaginado mundo criado,
de ser a invenção da bicicleta do amor,
brotando de dentro o espiral de fora,
sendo nada,
apenas tudo.
04 outubro, 2010
sento-me sobre a palavra que floresce pela noite;
polvos renascem dos grandes plátanos das nuvens,
seus tentáculos de poema no horizonte da lágrima:
água que cai no canto da boca,
chuva no desmoronamento fulcral do acontecimento.
palavra de penas onde descanso o corpo de concha:
corpo que enaltece o rebentamento do verbo,
escorrendo em gotas de cristal pelas rochas do enigma.
canto de escamas no percorrer dos passos sobre a casa,
concha que encerra o mundo pelo ponto,
no acontecer das estrelas brilhando.
palavra que é pelos dedos o expoente da loucura.
cabeça rebentando no interior da letra:
fumo negro dos meus olhos de neve
redopiando a fome das pétalas que caem do sorriso da floresta.
dedos alados no mecanismo do amor,
boca a boca, face a face, palavra a palavra,
no emergir do sorriso das almas
no submergir das lágrimas dos satélites do beijo.
sonho a palavra do amor e da guerra.
amor que é da terra a árvore que se ergue na nuvem,
nuvem que é pelo afecto o beijo do pássaro amarelo,
ave violenta na explosão do abraço,
no encontro dos braços de árvore,
no desejo dos sexos de mel escorrendo pelos dedos.
guerra no encontro dos lábios,
nas mãos no percorrer das pernas, das nádegas,
do úmbigo, dos lábios...
mãos conquistando a pele no percorrer do céu,
via láctea nas boca do desejo,
no toque, na eternidade...
palavra que é a profecia da morte do mundo.
real e sonho brotando nos altos mistérios do acontecer da cabeça,
flor que acontece pela ponta dos dedos sobre os seios,
oceanos de sorrisos na queda das nuvens,
pensamento na rebentação do verbo,
onda imensa do beijo coração.
morte que é pelo amor o acontecer da pedra,
pedra que é palavra, que é cravo,
sonho de relva , acontecimento,
poema.
sento-me sobre a palavra que floresce pela dia;
sendo apenas o coração da palavra
e a palavra coração.
polvos renascem dos grandes plátanos das nuvens,
seus tentáculos de poema no horizonte da lágrima:
água que cai no canto da boca,
chuva no desmoronamento fulcral do acontecimento.
palavra de penas onde descanso o corpo de concha:
corpo que enaltece o rebentamento do verbo,
escorrendo em gotas de cristal pelas rochas do enigma.
canto de escamas no percorrer dos passos sobre a casa,
concha que encerra o mundo pelo ponto,
no acontecer das estrelas brilhando.
palavra que é pelos dedos o expoente da loucura.
cabeça rebentando no interior da letra:
fumo negro dos meus olhos de neve
redopiando a fome das pétalas que caem do sorriso da floresta.
dedos alados no mecanismo do amor,
boca a boca, face a face, palavra a palavra,
no emergir do sorriso das almas
no submergir das lágrimas dos satélites do beijo.
sonho a palavra do amor e da guerra.
amor que é da terra a árvore que se ergue na nuvem,
nuvem que é pelo afecto o beijo do pássaro amarelo,
ave violenta na explosão do abraço,
no encontro dos braços de árvore,
no desejo dos sexos de mel escorrendo pelos dedos.
guerra no encontro dos lábios,
nas mãos no percorrer das pernas, das nádegas,
do úmbigo, dos lábios...
mãos conquistando a pele no percorrer do céu,
via láctea nas boca do desejo,
no toque, na eternidade...
palavra que é a profecia da morte do mundo.
real e sonho brotando nos altos mistérios do acontecer da cabeça,
flor que acontece pela ponta dos dedos sobre os seios,
oceanos de sorrisos na queda das nuvens,
pensamento na rebentação do verbo,
onda imensa do beijo coração.
morte que é pelo amor o acontecer da pedra,
pedra que é palavra, que é cravo,
sonho de relva , acontecimento,
poema.
sento-me sobre a palavra que floresce pela dia;
sendo apenas o coração da palavra
e a palavra coração.
Subscrever:
Mensagens (Atom)