30 janeiro, 2010

das tuas mãos brancas sobre o leito
oculta-se o aroma a anis do cimo das tuas pernas.
o teu corpo reflecte a luz do teu prazer:
és uma imensa luz que flameja pela noite.

o teu corpo nu é imenso pela cama:
cobres todos os ângulos do mundo celeste
e os teus gritos ressoam na boca dos pássaros de cores.

sente-se o vibrar da terra e do fogo
no movimento perpétuo das tuas ancas,
no abraço intenso e húmido da tua boca.

aceito o teu sexo no frenesim do silêncio
mas são as tuas mãos que me colhem sem sobressaltos:
sem esperanças agrilhoadas no poema que resplandece
em todas as particularidades onde tocas e respiras.

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