no contíguo estar dos lábios,
no rebentar das ondas, no aroma do vinho,
no amparo da queda...
vive o poema na sede do mundo:
mundo coração primeiro,
na aragem do respirar do prazer,
onde te encontro no sopro de bambu
com água pelos olhos e até aos joelhos.
são os dedos que tocam
mas é a alma que sente...
os olhos do sangue pela garganta,
o transpirar do amor pela areia,
e o grito no ecoar da terra marítima.
os cabelos voam no levitar das asas,
na cadência da perfeição,
no encanto das mulheres, das borboletas,
no descansar de lótus.
abraço o abraço das pérolas,
no rufar do coração e das peles,
pelas rugas e pelos caminhos percorridos
na solidão de estar cheio do mundo,
no júbilo dos passos,
no harmonia do encontro.
que seja na praia com os seus peixes e pescadores,
que seja no céu,
no adormecer do corpo das ondas,
no canto e na dança com que me abraças.
que seja sem sobressaltos grandes,
ou na velocidade do sentir,
no som da loucura e do silêncio.
abraço-te. abraças-me.
em mim...todos nós.
Sem comentários:
Enviar um comentário