15 fevereiro, 2010

é de prata a madrugada dos teus olhos
onde nascem os miosótis em flor;
é de prata a verdade humilde da tua pele lacerante;
são de prata os sonhos do mundo onde encontro os teus seios
de algodão doce pela língua.
é de prata a lua dos deuses, os incensos,
o sabor do teu corpo todo estendido sobre a névoa;

são de prata os laços de sangue que nos crescem na alma,
como as promessas segredadas dentro do beijo de âmbar.
é de prata o ouro e as pedras dos teus sonhos
onde me fazes rico pelos sorrisos e pela existência,
pela palavra do amor,
pelas rugas do tempo que nos celebram.

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